sexta-feira, outubro 19, 2007
Botende, o Anjo Caído
Antes de mais, cabe-nos realçar que isto é um repost. Sim, acabamos de inventar uma alternativa pomposa para copy-paste. E hélas, aussi em inglês!
E a razão deste re-post é uma generosa oferenda por parte de uma caridosa alma. Calma, ainda não estamos a falar da carinhosa relação Botende/Barroso, mas antes de uns cromos sui generis ofertados pelo nosso compincha villar. Para ele, um De La Sagra fresquinho.
Adicionámos portanto uma nova imagem do mítico keeper insular a este post já antiguinho. Imagem essa que realça a sua propensão para ser um gajo altruísta que cai do céu para salvar pessoas de boa fé em momentos complicados. Ou isso, ou o clube dele não tinha dinheiro para equipamentos, e os jogadores eram obrigados a trazer fantasias de super-heróis para os jogos.
De qualquer forma, seja ele Superhomem, Homem-Aranha ou Zorro, aqui fica o repost:
"90 minutos.
90 minutos mudam vidas. 90 minutos transformam-nos como pessoas.
Em 1996, nas Antas,viveram-se 90 minutos que iriam mudar as vidas de todos os presentes. Um anjo desceu à terra.
Seu nome era Botende, e surgiu de forma tão inesperada como inevitável. A noite estava fria, desconfortável. Os poucos adeptos sentados nas frias bancadas das Antas estavam cinzentos. A sua equipa jogava mal, estava perra. A velocidade velocipédica de Jardel não resovia. A técnica estrondosa de veludo de Paulinho Santos não abria espaços. A segurança de João Manuel Pinto não era a costumeira. A juventude fresca e irreverente de João "Broas" Pinto estava toldada pelo frio.
Eis que um anjo desceu ao relvado. Muitos viraram a cara, não se apercebendo tratar-se de um milagre, um presente dos céus. Barroso não. O motor a diesel do meio campo tripeiro, sempre arguto e sagaz, tomou atenção. Apertou a mão ao destino e agradeceu o Maná dos Céus. Agradeceu Botende.
José Barroso cerrou os dentes, apertou os punhos e chutou. Para as couves. "Não faz mal, carai", pensou ele. Afinal, até é costume. Nova tentativa. "Desta vez vai em jeito, camandro", disse José. José parte para o esférico, qual Platini de azul-e-branco vestido. Penteou suavemente a bola, como uma criança comendo algodão-doce. "Catano", pensaram as bancadas cinzentas.
A bola vai direitinha ao centro da baliza, precisamente em direcção ao anjo Botende. Botende dá um passo atrás, e convida a bola a anichar-se no fundo das redes, como um bom anfitrião. Golo.
José Barroso, um homem de fé, agradece.
Segunda parte. Barroso está longe da baliza. Porém, toma uma decisão. O pé-canhão voltará à acção. Mas José não aponta à gaveta. José aponta ao centro da baliza, em direcção a Botende, que descera dos céus para alegrar a multidão.Golo. A bola passa por baixo das mãos douradas de Botende.
Dois carimbos na Carta Magna da Carreira do Anjo Zairense. Botende já alegrara a malta. Agora queria diverti-la. Sempre um bonacheirão, este Botende. Passa o resto do desafio a defender bolas vindas dos apanha-bolas, porque estes (porque não???) também deveriam ter oportunidade de brilhar.
Botende teve 90 minutos para brilhar na sua carreira em Portugal. Sorveu o suco da vida nesses 90 pedacinhos de céu. Beberricou o néctar dos Anjos. Trouxe alegria e felicidade ao povo que o contemplava atónito. Menos aos que vinham da Madeira, claro.
Mas mesmo esses levaram para casa algo que recordar.
Obrigado, Anjo Caído. A tua memória vive dentro de cada um de nós."
link do 2º golo disponível aqui
(atenção - qualidade tão duvidosa como a de Marcos Alemão)
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5 comentários:
Fitzx, pá!
Youtuba mazé isso, amigo!
Botende...o GRANDE Botende!
com cromos do Wozniak e do Dacroce, fazer um repost para que?
e obrigado pelo agradecimento :D
e do Gil Baiano, já agora!
há espaço pra todos, a caderneta é grande. ;)
abraço
Não, o cromo do Vladan NÃO ESTÁ incluido no pacote. espero que nao tenham ficado iludidos.
O MAIOR "BLUFF" D.....CP.
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